sábado, 29 de novembro de 2008

. Cansei.

Eu não tenho bola de cristal, não posso ler a sua mente.
Seja claro e diga o que você realmente sente por mim, ou deixe que a sua falta de clareza acabe de vez com o que mal voltamos a construir.
Essa estrada esburacada e mal cuidada pode ser substituida a qualquer momento por uma nova.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

. Decepção

"Desculpa, me desculpa..." ele repetia insistentemente enquanto tentava manter-se lúcido e focar a visão no rosto que estava a sua frente.
Ela olhava sem saber o que pensar. Não sabia se chorava ou se o ofendia. Sabia que naquele momento não adiantaria fazer ou falar nada. Ele nunca lembraria do tormento que aquela noite se tornara, em questão de minutos.
A mulher e o homem, já adultos e maduros observavam o menino repetir mais uma vez a namorada a frase mais odiada e penosa da noite: "desculpa, meu amor".
 O homem quebrando o silêncio que até então  entre os outros três permeneciam, comecou um discurso sincero, que fez a menina que segurava as lagrimas estremecer:
"-Pedir desculpas é sempre válido,mas a unica solucao é você botar a cabeca no lugar...se você está sentindo tanta pena da sua namorada, deve garantir que não fará mais isso. 
E se ela precisasse de você, se fosse ela no seu lugar? E se alguém a machucasse,quem iria protegê-la?  Se você não estivesse lá para protegê-la?  Tem que pensar nisso, se a ama. Você tem que estar lá para protegê-la"

A mulher concordava com a cabeça e repetiu: "você tem que estar lá para protegê-la"
Dentro de seu coraçãozinho a menina não se conteve. Pensava nas palavras, pensava no que tinha passado enquanto ele se divertia.

"será que ele sabe que eu subi todos os andares chorando baixinho,será que ele sabe que eu estava pior que ele? será que ele sabia o tempo todo e ignorou? será que ele sabe que quem me segurou não foi ele? será que ele sabe o quanto é decepcionante vê-lo morto nesse chão? Ele não sabe e nem vai saber. Não vai lembrar"
Voltou rapidamente, "tenho que manter a calma, preciso tira-lo disso"
Esqueceu que ele estava errado, esqueceu que ele já era homem feito.
Pegou-o no colo, como um bebê indefeso.
Ficou cada segundo,até que soubesse que ele ficaria bem.
Assinou seu nome embaixo, indicando que era a responsável por ele.
deixou-o em segurança e foi chorar,dessa vez bem alto. 
E sem ninguém para socorre-la.



"As strong as you were
Tender you got
I'm watching you breathing for the last time
A song for your heart
But when it is quiet
I know what it means
And I'll carry you home
I'll carry you home"

terça-feira, 4 de novembro de 2008

. And She will be loved

"Bela rainha de apenas 18 anos
Ela não se aceitava muito bem
Ele sempre estava lá pra ajudá-la
Ela pertencia à outra pessoa
Eu dirigi por milhas e milhas
E fui parar na sua porta
Eu tive você tantas vezes, mas mesmo assim
Eu quero mais. "

Ela não conseguia entender como ele, homem tão maduro e que poderia ter tantas mulheres, preferia logo ela.
Ela não pertecia a ele. Era muito insegura para pertencer a um homem que segundo ela, não era digno de se confiar um pobre coração quebrado.
A verdade é que ele estava disposto a ama-la mais que tudo. Não se importava se ela acreditava, só queria ama-la e não exigia nada em troca.
Ele só queria salva-la de sua propria personalidade.

sábado, 1 de novembro de 2008

. Alergias

A menina tinha algumas alergias fortes, que a impedia de realizar suas coisas preferidas.
Uma delas, era tomar leite... podemos pensar que eh uma coisa bem idiota e possivel de viver sem,Ok, concordo. Dentre as alergias, essa era a menos pior.
Suas alergias tinham fases, voltavam as vezes mais fracas...as vezes arrasadoras.
Mas dentre as alergias, ela possuia uma que era bem preocupante pois era uma coisa pouco vista hoje em dia. Possuia alergia ao amor.
E cada vez que experimentava, passava mal. Seu coracao batia forte, o estomago embrulhava,seus ouvidos pareciam tapados,as maos pareciam ser feitas de gelo,sua cabeca nao respondia.
Mas mesmo passando mal, ela nao desistia do maldito amor... e um dia, sua alergia se agravou tanto que ficou um mes de cama.
Passou os dias se perguntando porque tinha sido tao burra a ponto de deixar seu corpo, sua mente prejudicada por alguns momentos de alegria.
Depois desse episodio,decidiu que nunca mais ia tocar em nada que provocasse uma reacao alergica.
Alguns meses se passaram e seus pais muito preocupados a levaram em um especialista que para surpresa geral, disse que aparentemente ela nao teria mais reacoes alergicas.
Porem, nao tinha certeza se as alergias voltariam algum dia. Tudo era possivel.

A menina ficou dias pensando naquilo. "entao,estou curada? posso provar o que quiser sem medo algum?" e logo depois pegava-se pensando: " e se ela voltar? como ja voltou diversas vezes e muito pior?"

Ela nunca saberia se nao tentasse....mas o medo travava suas acoes, queria experimentar mais uma vez mas nao tinha certeza se deveria.
A indecisao corroia seu coracao.
O medo e o amor poderiam viver juntos?
Iria descobrir.